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2 de outubro de 2009

Fisiwiiterapia


Clínicas adotam o Nintendo Wii para tratar lesões no corpo e na mente.

Até ontem, o aparelho mais divertido de uma sessão de fisioterapia era uma bola colorida. Agora esse título cabe ao Nintendo Wii, pelo menos em algumas clínicas nos EUA, Canadá e Europa. O segredo está no controle revolucionário do videogame, que transforma movimentos reais em comandos na tela.


Resultado: partidas virtuais de tênis, beisebol, boxe e afi ns viram atividade física para valer. E isso pode ser útil em fi sioterapias. Entre os pacientes mais indicados para sessões de Wii estão os que sofreram contusões. E até quem está se recuperando das seqüelas de um derrame cerebral, que complica a coordenação motora. Atendi um senhor que teve um derrame durante uma partida de tênis e, mesmo após exercícios de reabilitação, continuava a ter problemas motores e de equilíbrio. O Wii foi ideal para ele praticar os movimentos que precisava para voltar às quadras, conta o terapeuta ocupacional americano Matthew White, que coordena o uso de tecnologias avançadas no Instituto de Reabilitação Sister Kenny, em Minneapolis.

Os exercícios ajudam as células nervosas que não foram afetadas a descobrir novos caminhos para enviar mensagens aos membros. Seguindo a mesma linha, hospitais têm usado o videogame da Nintendo no tratamento de vítimas de queimaduras. Com o controle na mão, pacientes que fizeram enxertos de pele reaprendem os movimentos das mãos ou dos braços. E não fica nisso.


Tênis - Ajuda pacientes de derrame a recuperar a mobilidade. E serve como exercício, já que o controle vira uma raquete virtual.

Também estão testando o Wii em casas de repouso. Com sucesso. O console é extremamente intuitivo, então os mais velhos aprendem a usá-lo sem drama. E, além de ajudar na coordenação motora, serve de terapia: melhora o humor de todo mundo.


Boliche - Aprimora a coordenação motora: você movimenta o controle para mirar a bola e, com prática, consegue a joga-la com efeito na pista.

Por enquanto, a fisiwiiterapia não tem data para chegar às clínicas daqui. O preço do console não ajuda: são R$ 2 mil, contra R$ 450 nos EUA.


 Boxe- Aqui dá para trabalhar a coordenação dos braços e surrar pra valer. Com uma motivação extra para os impacientes: violência desmedida.
Para edição deste texto as seguintes referências foram consultadas: Super Interessante maio 2008, Texto Mariana Della Barba.

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